
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, optou por não incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na denúncia de coação à Justiça apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa, relatada a interlocutores, é que ele não identificou crime no envio de auxílio financeiro de um pai ao filho residente no exterior.
Jair Bolsonaro transferiu R$ 2 milhões por Pix para Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente mora nos Estados Unidos. O deputado se estabeleceu no país para buscar apoio a sanções contra o Brasil e contra ministros do STF, em articulações com autoridades do governo de Donald Trump. O próprio Paulo Gonet teve seu visto norte-americano revogado.
A Polícia Federal, que havia indiciado o ex-presidente, sustentou que Bolsonaro facilitava supostos crimes do filho ao enviar recursos para sustentar sua permanência nos Estados Unidos e sua atuação em busca de retaliações ao Brasil.
No entanto, Paulo Gonet descartou os argumentos apresentados pela Polícia Federal. Ao se manifestar ao STF, afirmou que a exclusão de Bolsonaro da denúncia não significa o fim das investigações. “Nem impede que, à vista de novas descobertas investigativas, inclusive durante a instrução de causa, e da escalada delitiva, sejam produzidos outros elementos de ordem persecutória”, declarou Paulo Gonet.
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