No comunicado, Pochmann afirma que o objetivo é enfatizar “a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais, como o Brics e Mercosul e na realização da COP30 no ano de 2025”.
Essa iniciativa, entretanto, não é inédita. Em abril de 2024, o IBGE havia apresentado um mapa com o Brasil no centro, mas mantendo a orientação tradicional.
Novo mapa-mundi
O IBGE lançou um novo mapa-múndi com o Brasil no centro, contendo o sul na parte superior do mapa, também identificado por mapa invertido.
A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como no BRICS e… pic.twitter.com/Yd5LIb1T38
— Marcio Pochmann (@MarcioPochmann) May 8, 2025
A novidade, naquela ocasião, fazia parte da 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar, que foi duramente criticada por conter erros científicos e cronológicos.
Entre as falhas mais graves identificadas na publicação estavam confusões sobre os períodos Jurássico e Cretáceo, que erraram a idade dos períodos geológicos por milhões de anos. O instituto reconheceu as imprecisões e publicou uma errata depois da repercussão negativa.
Presidente do IBGE coleciona polêmicas dentro do órgão
Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marcio Pochmann assumiu a presidência do IBGE em agosto de 2023.
Economista reconhecido por posições heterodoxas, Pochmann já dirigiu entidades próximas ao PT, como a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula. Ele também presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Durante sua gestão, Pochmann recebeu diversas críticas internas. Funcionários do IBGE denunciam uma administração autoritária e ideológica. Em carta aberta divulgada no início deste ano, técnicos do instituto acusaram a direção de “desrespeito ao corpo técnico” e autoritarismo.
Um dos principais alvos das críticas foi a criação da Fundação IBGE+, uma entidade pública de direito privado vinculada ao instituto, apelidada pelos servidores de “IBGE paralelo”.
Depois de protestos dos funcionários, o governo suspendeu a operação da fundação em janeiro de 2025.
Pochmann, em audiência pública realizada em abril no Senado, rejeitou as acusações de autoritarismo e garantiu que a criação da IBGE+ ocorreu de maneira transparente.
Segundo ele, a proposta emergiu de um debate durante o 1º Congresso Nacional dos Servidores do IBGE, em novembro de 2023.
O presidente do IBGE também argumentou que os cortes orçamentários e o aumento dos custos de pessoal justificam iniciativas como a criação da fundação, considerada essencial por ele para ampliar os recursos da instituição.
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