Sob pressão do governo de Donald Trump, o México entregou, na quinta-feira 27, 29 líderes do narcotráfico aos Estados Unidos (EUA), relata o El Diario NY, com base na EFE. Entre eles está Rafael Caro Quintero, chefe do cartel de Guadalajara.

Também foram extraditados os líderes do grupo criminoso Los Zetas, Miguel Ángel e Omar Treviño Morales. A ação histórica foi impulsionada pela demanda de Trump para combater o contrabando de fentanil.

Segundo site da Agência de Combate às Drogas (DEA, na sigla em inglês) em 2023 o órgão apreendeu mais de 80 milhões de comprimidos falsificados com fentanil e quase 12 mil libras (5,4 mil quilos) de pó de fentanil. As apreensões de 2023 são equivalentes a mais de 390 milhões de doses letais de fentanil.

Em 2024, as apreensões de fentanil em 2024 representam mais de 367 milhões de doses letais. No total do ano, foram apreendidas mais de 55 milhões de libras (25 milhões de quilos) de pó de fentanil.

Os narcotraficantes foram transferidos para diversas cidades dos EUA, como Chicago, Houston, Nova York e Phoenix. A ação foi considerada “sem precedentes”, no âmbito dos acordos de cooperação internacional.

Entre outros extraditados estão Antonio Oseguera Cervantes, conhecido como Tony Montana, do CJNG, e José Ángel Canobbio, o “El Güerito”, do Cartel de Sinaloa.

Rafael Caro Quintero, preso em 2022, enfrenta acusações pelo assassinato do agente da DEA, Enrique “Kiki” Camarena, em 1985. Ele também é acusado de múltiplos crimes relacionados ao tráfico de drogas.

Enquanto isso, as autoridades mexicanas continuam negociando com os EUA para evitar a imposição de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos, em reuniões lideradas pelo chanceler Juan Ramón de la Fuente.

As tarifas deverão ser impostas a partir de segunda-feira 4, por causa da queixa da gestão de Trump em relação ao que é considerado um progresso insuficiente na redução de mortes por uso de fentanil e dos fluxos migratórios.

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