A embaixadora da UE (União Europeia) no Brasil, Marian Schuegraf, disse nesta 5ª feira (29.mai.2025) que as agendas econômicas e sustentáveis do bloco “nunca estiveram tão alinhadas” com o Brasil quanto atualmente. Segundo ela, a cooperação entre o país e o bloco se justifica pela convergência de interesses em áreas estratégicas e pela necessidade de fortalecer laços econômicos.
A declaração foi dada durante a abertura do Fórum de Investimentos UE-Brasil, realizado em São Paulo. O evento reuniu representantes de ambas partes para discutir oportunidades de investimentos e cooperação e assinar uma Carta de Intenções.
O documento, assinado pelos presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, e do Conselho Europeu, António Costa, contempla áreas como promoção de investimento responsável, apoio à inovação e fortalecimento de ecossistemas de negócios, além de ações de engajamento, formação de parcerias e atividades promocionais.
O fórum foi dividido em 3 painéis principais:
“Destravando o Comércio e os Investimentos para o Desenvolvimento Sustentável”: focou no alinhamento entre as agendas econômica e de sustentabilidade das duas partes;
“Liderando a Cooperação Industrial Limpa”: abordou investimentos em energias renováveis, com destaque para o potencial brasileiro neste setor; e
“Investindo em conexões”: tratou da infraestrutura de transporte, logística e transporte de longa distância. Com o aumento previsto no comércio entre Brasil e UE, estuda-se a expansão de corredores de transporte e navegação.
EMPRESAS GLOBAIS
O evento também teve a participação de executivos de empresas nacionais e internacionais, como a Vale, Embraer, Enel, Ericsson, entre outras.
Riccardo Pozzi, head de Assuntos da Europa e Mundo da Enel, disse que a empresa –que atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará– considera o Brasil um dos principais mercados da companhia na América Latina. Segundo ele, a companhia tem priorizado medidas de sustentabilidade e infraestrutura em suas operações.
Juliana Villano, Relações Institucionais da Embraer, destacou que a empresa tem mais de 350 aeronaves no continente europeu.
“É um mercado que valoriza um tema de sustentabilidade, transição energética, descarbonização, mobilidade e ele mesmo. Trouxe esses temas e a cooperação tecnológica”, disse.
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